Sobre letras e algarismos

Artigo escrito em Abril de 2013

Sempre preferi as letras aos algarismos. Com o perdão dos matemáticos, o agrupamento de letras me agrada mais que o agrupamento de algarismos. Tributos são algarismos, poesias são letras, e por aí vai. Alguém seria capaz de imaginar o mestre Caetano ou o saudoso Drumond mexendo com algarismos ao invés de letras? Jamais vi alguém cantando uma milhar ou recitando uma centena naquele projeto Seis e Meia do João Caetano, alguém se lembra? O que víamos ali eram letras musicais que nos faziam chegar mais leve em casa, nos faziam mais felizes. Os tempos eram outros.

Posso até dizer que conheço casos de extrema emoção diante de certos agrupamentos de algarismos, o exemplo clássico é quando da abertura do contra-cheque no final do mês (como tem gente que chora…Que o digam as torcidas do Flamengo, do Corinthians, do Vasco, Palmeiras, Santos…Ufa!), Confesso que no meu caso em particular tenho me esforçado para conter as lágrimas.

Um outro caso relativo a algarismo, intrinsecamente ligado ao primeiro, o qual tem me causado problemas, é a perseguição que tenho sofrido de um facínora conhecido como Sr. Zero, mais conhecido como Nada. Esse malfeitor vem me perseguindo há anos e aparece sempre na minha data-base travestido de reposição salarial (sou empregado do Estado). A perseguição implacável já dura mais de dez anos e o danado vem resistindo até aos meus patuás. Oxalá ano que vem esse cálice se afastará de mim.

Continuando sobre os algarismos, alguns outros também têm tido a capacidade de me despertar para alguns sentimentos. Quando vi na TV o nosso velho conhecido Maurício Marinho embolsando R$ 3.000,00, fiquei indignado ao assistir àquela feira (olha o sentimento aí). Depois que outros personagens foram aparecendo (já tem até gente comentando do poderoso Palocci, será?) percebi que três mil eram uma verdadeira merreca, um trocado, um troco perto dos Bis que já andam falando estarem depositados nos paraísos fiscais.

Tenho tido o cuidado para frear os meus “sentimentos mais primitivos” , num plágio ao loquaz deputado Roberto Jéferson, quando vejo alguns marginais (se andaram à margem da lei me sinto autorizado a qualificá-los assim) dissecarem algarismos tão expressivos que sangraram a economia do nosso povo. Vivo me policiando quanto aos sentimentos ruins que a eles poderia direcionar, mas, lamentavelmente, volta e meia sinto um “gostinho de sangue” na boca, sou humano. Quanto à perplexidade e à indignação, alimento-as dia-a-dia com novas notícias, pois esses sentimentos me afastam do conformismo e da sensação de que essa seja a regra. Algo tem de acontecer!

Para finalizar, fazendo finalmente um afago nos algarismos, gostaria de sugerir a algum poeta que recitasse, quem sabe num ressuscitado projeto vespertino como aquele do João Caetano, pausada e melodiosamente, os algarismos referentes aos anos de cadeia que desejamos a alguns bandidos pelo manuseio indevido dos nossos queridos algarismos públicos. Confesso que ficaria emocionado!

Adm Reginaldo Oliveira

Índice de Condição de trabalho do DIEESE piora para de 0,36 para 0,34.

O DIEESE, conceituado órgão que produz vários índices econômicos, criou o novo Índice da Condição do Trabalho (ICT-DIEESE) que é um indicador que busca sintetizar a situação do trabalho no país, em várias dimensões. ICT-DIEESE: ICT-Inserção Ocupacional, ICT-Desocupação, ICT-Rendimento.
O ICT entre 2º e 3º trimestre de 2019 diminuiu de 0,36 para 0,34 na passagem do 2º para o 3º trimestre de 2019, o que significou piora do mercado de trabalho no período. O resultado decorre principalmente da piora na Inserção Ocupacional (de 0,33 para 0,26) e, em menor intensidade, no Rendimento (de 0,44 para 0,42). Na dimensão Desocupação houve pequena melhora (de 0,31 para 0,33). Destaca-se que a Inserção Ocupacional apresentou, neste trimestre, o menor valor de toda a série histórica. Na dimensão Inserção Ocupacional, o resultado foi reflexo do aumento da ocupação precária, sobretudo do assalariamento sem carteira e trabalho por conta própria.

Este índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1 melhor o resultado.
No período avaliado, a economia continua mostrando poucos resultados que possam prever melhorias substanciais a curto prazo.

mais detalhes em dieese.org.br

Vamos falar de Administração à partir do olhar de quem esta no interior do Brasil?

Nós aqui no Administradores.adm notamos que dos muitos colegas e estudantes que acompanham nosso trabalho aqui no portal vem de muitos locais do Brasil, e destes, uma quantidade considerável, vem de cidades pequenas e médias. Para listar algumas cidades de colegas que se inscreveram recentemente, entre outras, temos:
Caconde – SP – 19.000 habitantes;
Cianorte – PR – 100.000 habitantes;
Colômbia – SP – 6.000 habitantes;
Diamantina – MG – 42.000 habitantes;
Guapimirim – RJ – 57.000 habitantes;
Machado – PE – 42.000 habitantes;
Milagres – BA – 10.000 habitantes;
Pantano Grande – RS – 10.000 habitantes;
Paraguaçu Paulista – SP – 45.000 habitantes;
Paranaíba – MS – 40.000 habitantes;
Pirassununga – SP – 75.000 habitantes;
Rio Pomba – MG 18.000 habitantes;
Rolândia – PR – 64.000 habitantes;
Santa Tereza – ES – 23.000 habitantes;
São Bento do Sul – SC – 85.000 habitantes;
Terra Boa – PR – 17.000 habitantes;
Tietê – SP – 42.000 habitantes;
A nossa formação, nossos anseios profissionais (principalmente os mais jovens), a baixa qualidade média das formações, o mercado de trabalho que não é claro etc já nos coloca um caldeirão de conjecturas sobre o futuro e como progredir, quando estamos nos grandes centros que tem mais oportunidades. Como será então nos pequenos é médios municípios?

Queríamos fazer um convite para estes colegas e futuros colegas, que nos escrevam contando sobre a realidade da profissão em suas cidades. Gostaríamos de pensar uma forma concreta de ampliar esta discussão, de ajudar os mais jovens e de pensar como esta proximidade digital poderia nos ajudar a criar uma comunidade com este foco. Escreva sobre. Aguardamos seu contato.

Adm Edson Machado
Editor do Administradores.adm
contato@administradores.rio.br

Você vai ter sucesso na sua vida? Descubra suas chances.

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Provavelmente você nunca ouviu falar que o segredo do sucesso pode ser pré-definido. Você vai ter sucesso na sua vida? vai para o topo da pirâmide ou para a base? Vai ganhar muito dinheiro ou vai viver com dificuldades?

Depois de assistir este vídeo, você vai entender que sim, o sucesso pode ser medido. No dia a dia não nos damos conta, mas tendo a clareza de como funciona, talvez você possa dar um up na sua vida, na sua carreira e alcançar melhores resultados.

Este é um vídeo produzido por Atilá Iamarino, Biólogo, doutorando pela USP, e segundo sua própria definição, um viciado em informação e ciência.

Grupo Abril vende Revista Exame para o grupo BTG Pactual

Depois de ter sido vendido pela Família Civita à Calvary Investimentos, por simbólicos R$100.000,00 no ano passado, o Grupo Abril, que esta em recuperação judicial, vendeu ontem, em leilão, o ativo composto pela Revista Exame, o site da revista e a parte de eventos vinculados à revista.

Lançada à 52 anos atrás e uma das principais referencias em economia e negócios, a Revista Exame foi vendida dentro do plano de recuperação judicial do Grupo Abril.

A oferta de 72,3 milhões de reais, foi a única oferecida no leilão e partiu do Banco BTG que é o principal credor do Grupo abril onde detêm créditos na ordem de 1,1 Bilhões de reais..

Ex-dirigentes do CRA-CE são condenados à prisão

Os ex-dirigentes do CRA-CE, Reginaldo Silva de Oliveira e Eudes Costa de Holanda, respectivamente ex-presidente e ex-diretor Administrativo e Financeiro da entidade foram condenados pela Justiça a penas de 20 anos e 14 anos de reclusão e multa de quase R$ 500.000,00 cada um. O ex-presidente já havia sido condenado a pena de 2 anos anteriormente, por ações praticadas no próprio CRA.
A justiça considerou que os réus foram responsáveis por desvios de recursos que geraram prejuízo superior a R$ 1 milhão aos cofres públicos .

Segundo nota do Ministério Público federal: “Em setembro de 2018, o MPF apresentou ação penal contra os dois ex-dirigentes depois que inquérito policial demonstrou inúmeras irregularidades cometidas na gestão do Conselho. Foram identificadas transferências de recursos de contas do CRA/CE para contas pessoais de Reginaldo e Eudes. A investigação também encontrou retiradas de valores em espécie da conta do órgão sem o devido comprovante de identificação, além de pagamentos a empresas prestadoras de serviços das quais os réus eram sócios sem a devida contratação mediante licitação, entre outras práticas irregulares”.

Os Administradores, como os profissionais inscritos em Conselhos de outras profissões, precisam acompanhar as ações de seus conselhos para garantir que a representatividade e lisura das gestão de suas entidades esta contemplada com transparência e democracia. Que este caso sirva como exemplo para garantir que novas condutas irregulares aconteçam.

Ouça áudio do MPF sobre o caso

Fonte: MPF